Dubaiano sobrevoa a cidade futurística do ORIENTE MÉDIO, Dubai, no dia em que completou 30 anos - eu renasci!

28/10/2014 14:00

A verdade é que sempre sonhei em fazer esse tipo de
atividade, sempre gostei de desafios e uma vez eu li o seguinte trecho, de uma
crônica da escritora Martha Mederios, que me descreve, quase que perfeitamente!

"Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas
trocam de cidade. Sentem-se em casa em qualquer lugar. Investem em projetos sem
garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter
outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram.
Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero
inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam
o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida e PULAM DE
PARA-QUEDAS (acrescentei, por isso, o quase)"

Eu sempre tive curiosidade em saber qual era sensação de
voar, talvez seja por isso que eu nunca tive medo de voar de avião, e depois
que mudei para Dubai, esse desejo só aumentou. Eu moro bem em frente ao SkyDive
e quase todos os dias eu vejo vários paraquedistas, em ação. Então comentei com
meu namorado - um dia eu irei pular, e será aqui em Dubai!

O tempo passou e um mês antes do meu aniversário, recebi um e-mail
do Skydive informando que eu tinha um pulo agendado para o dia 23. Eu fiquei
eufórico. Finalmente o dia chegou e a primeira coisa que eles me deram
foi o "termo de isenção de responsabilidade".

Em seguida, recebi orientações sobre o procedimento e a posição correta na hora da queda livre.
Pronto! Equipado, fui para o avião.

O dia estava lindo, o céu complemente AZUL, sem nuvens, sem
poeira, PERFEITO. Então embarcamos no bimotor que nos levou para o alto,
precisamente 10 mil pés (um pouco mais de 3 mil metros).

Quando a instrutora terminou de prender meu equipamento ao
dela o outro paraquedista, que registrava tudo, perguntou para o piloto: "Já tem
permissão?". Recebido o "ok", o cara se posicionou fora do avião. Em seguida,
Eu e a instrutora sentamos na beirinha da porta.

Naquele momento, a música da banda ROXETTE "I wish I could
fly", começou a tocar na minha cabeça então, o barulho do motor foi vencido pela
trilha sonora, me fazendo distraí olhando a cidade. E sem avisar, ela apenas
pulou, então gritei - SUA LOUCAAAAAA!

Queda livre!

A 200km/h tive a impressão de estar parado, mas em um lugar
lindo, sem chão, sem tamanho e extremamente ventilado. De braços abertos
experimentei a sensação de liberdade total. Meus pensamentos oscilavam em:
"isso é muito bom!", "estou aqui mesmo?", "depois disso posso fazer tudo".


6 mil pés (quase 2 mil metros) é hora de abrir o paraquedas.
Essa parte é bem divertida. Inesperadamente, subimos! Alcançamos a estabilidade
e apenas agradecia a Deus, por aquele momento.

Fiz poses para o cinegrafista...

Do alto, olhando Dubai

De um ângulo privilegiado vi a três ilhas artificias; Palm
Jumeirah 1, 2 e a Ilha Mundo. Enquanto sobrevoava a cidade futurista eu me
perguntava como era possível estar entre a linha do horizonte que dividi o
plano metafísico do físico do plano físico, apenas confiando em um pedaço de
plástico. Vi Dubai inteira; o maior arranha céu do mundo, O Burj Khalifa, o
único hotel sete estrelas, o Burj Ala Arab, toda a Dubai Marina e os seus
edifícios cercados por uma piscina artificial. A instrutora navegava pelo céu
de Dubai, puxando os batoques (alças) do paraquedas. Ainda tinha a sensação de estar parado, mas isso acabou quando a cidade começou a ficar maior debaixo de mim. A Zona de pouso ficou
mais próxima, assim como o nosso destino final, de onde saímos, o aeroclube.

Prestes a pousar, o comando: "levanta as pernas!" e caímos
sentados no chão. Encontrei o cinegrafista, ele não perdeu tempo e já estava
gravando o fim da aventura. Levantei, feliz da vida, sem conseguir escutar nada
(acho que foi a pressão do ar), com a certeza de que quero mais e o
arrependimento de não ter saltado antes.

Agora a adrenalina dá lugar a tranquilidade, o sentimento
predominante em mim foi de paz, como nunca senti. Tive a certeza de que Deus
existe, sim!  Depois de viver essa EXPERIÊNCIA eu me dei conta que; eu sou
energia, que não pode ser criada e nem destruída, apenas mudo de forma. Eu
sempre existir e sempre existirei e apesar de tudo que eu vi e vivenciei não
consigo imaginar, não sendo eu. E sabe por que?! Porque por alguns minutos eu
voei em direção ao infinito, e fui de encontro a DEUS apenas para agradecer,
por me conceder o privilégio de poder viver o sonho chamado, VIDA.

Até o próximo #DubaianoAdventure












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